O domínio que você tem de um assunto pode se tornar um negócio digital altamente lucrativo. Se um professor transformar seu conhecimento em um infoproduto, por exemplo, pode ganhar 10 vezes – ou mais – do que ganha em sala de aula. Uma dona de casa não remunerada pode lucrar, e muito, ensinando outras mulheres a gerenciar a casa, cozinhar ou lidar com os desafios da maternidade, por exemplo.
Os produtos e serviços digitais têm movimentado um mercado gigantesco que ganhou ainda mais força na pandemia e que deverá seguir em alta. Até o ano de 2030, todas as organizações do mundo, dos mais diversos segmentos, terão algum tipo de infoproduto, segundo projeções de instituições de pesquisa de mercado, como a americana Forrester.
Victor Damásio, especialista em Marketing Digital e em mentorias, concorda: “Basta ser especialista num determinado assunto e ter alguém disposto a pagar pelo seu conhecimento”.
Victor ensina empreendedores a montar cursos e mentorias online. As mentorias são o foco principal do seu negócio, tanto mentorando empresários quanto formando novos mentores. “Os lucros deste setor são incalculáveis, pois cada um pode estipular seu preço, desde que haja público.” Victor chega a cobrar R$ 100 mil por uma vaga em seu grupo mais premium, e orienta seus alunos a cobrarem R$ 10 mil, ainda como iniciantes.
Pandemia: confinamento trouxe maior conhecimento digital
O confinamento causado pelo coronavírus acelerou um movimento que já vinha crescendo. A procura por cursos e demais formas de aprendizado virtuais experimentou um grande salto nos últimos anos. As pessoas não podiam sair de casa, mas queriam continuar consumindo informação, produtos e serviços.
Só em 2020, primeiro ano da pandemia, o aumento na procura de cursos online foi de 103%, segundo a Connect Soluções Digitais. Em 2021, o índice foi superado e mais de 4 mil novos produtos digitais foram inseridos nas principais plataformas de infoprodutos, como Hotmart, Eduzz e Monetizze.
Victor destaca que qualquer pessoa pode criar seu produto e empreender dessa forma. “Costumo dizer que o seu cliente está no seu WhatsApp, basta oferecer seus conhecimentos empacotados.”
O investimento inicial é baixo, o que permite que pessoas empreendam mesmo passando por crises financeiras. Podem ser PDFs, vídeos gravados com o próprio celular ou aulas realizadas por programas como Zoom ou Google Meeting. “Um dos meus cursos é focado em quem está do zero e quer começar no digital e vejo muitas pessoas que conseguem lucros rápidos”, afirma Damásio.